Lucas Tiburcio Dias - 22/03/2023
Alavancas e Seus Tipos
As alavancas se constituem em um sistema que compreende um eixo e uma haste rígida, sobre a qual age a força de torque.
A existência do movimento no sistema de alavancas depende do desequilíbrio de forças, que no caso são os torques.
O primeiro passo para identificar o tipo de uma alavanca é analisar e encontrar os torques que agem sobre ela.
Dessa forma, as alavancas são classificadas em:
a) Interfixa (ou primeira classe), na qual o eixo está localizado no meio;
b) Inter-resistente (ou segunda classe), que tem como elemento central a resistência;
c) Interpotente (ou terceira classe), cujo elemento entre as extremidades é a potência (músculo).
As interfixas produzem movimentos equilibrados quando o eixo fica no meio da força e da resistência. As inter-resistentes produzem movimentos de força. Já as interpotentes, produzem velocidade e amplitude de movimento.
Alavancas inter-resistentes são consideradas as mais vantajosas, enquanto as interpotentes as mais desvantajosas. Isso isso se dá pela quantidade de força que deverá ser empregada para manter o equilíbrio de torques em cada tipo de alavanca.
De acordo com as informações acima, tomamos como exemplo um praticante de musculação que sustenta um halter de 7kg em sua mão, num ângulo de 90º de cotovelo. O halter está a 40cm do cotovelo, enquanto o bíceps braquial está inserido no antebraço a 3cm de distância do cotovelo.
O torque (T) é calculado pelo produto da força (F) e da distância (D). Portanto, T = F x D.
No caso em tela, o torque do halter equivale a 280 kg x cm. Para que haja sustentação, o torque do bíceps deve se igualar, razão pela qual a força empregada pelo músculo será equivalente a 93,33 kg.
Nessa hipótese, trata-se de uma alavanca interpotente, pois o elemento entre as extremidades é a potência (músculo). É uma alavanca desvantajosa para o bíceps, pois a força empregada por ele (93,33kg) é maior que a força do halter, de apenas 7kg. A força necessária para a sustentação é maior.
Referências
FLOYD, R.T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. São Paulo: Manole, Barueri, 2011.
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